Um trabalho de 7 meses, um aprendizado para a vida toda

Foram 7 meses para a construção do Seminário da Escola Borges. Durante este tempo, as coisas tomaram proporções gigantescas, que jamais imaginei que um dia tomariam! Agradeço ao Professor Cristiano pela linda homenagem que nos prestou. Não pude deixar de postar...

"Durante três dias forças inteligentes abalaram as estruturas de uma escola verde de uma cidade interiorana do estado mais ao sul do Brasil. Potências sísmicas gestadas durante tanto mais de sete meses. Uma hecatombe apoteótica que não registrou feridos, mas deixou cicatrizes profundas nos cento de dozeresponsáveis e em outras tantas testemunhas presentes ao epicentro do evento, atingidas sem piedade ou clemência.

Cento e doze que se subdividiram em 28 grupos destroçando teorias que nem seriam da sua conta em alguma outra escola comum. Vinte e oito grupos em três turnos – manhã, tarde e noite – para matar a pau as estatísticas construídas por eles próprios. Cortando na própria carne com fio da faca da suas coragens.

Encheram o ar de perguntas, incomodaram acomodados. Subverteram as filas da sala de aula, os horários de entrada. Durante três dias se apagaram as fronteiras do saber. Extinguiram-se os mestres, os professores: calaram os donos das idéias frente aos novos posseiros das ciências.

E os saberes falaram mais alto. E, as ciências estavam vivas pulsando pelas gargantas embargadas. A vida vivendo pelo meio dessas desordens. E essas desordens reinventando uma beleza desamarrada dos conteúdos programáticos, das listas de chamadas, da sirene pedante, que diminui a vida a subtempos de 45 minutos.

Voaram nas asas do Icaro, equilibrados pelas mãos firmes maternas de Nora, Margarete e Lisiane: pelo céu discorreram a vida pela boca da morte, pela vida dos que moram na rua, dos que catam no lixo, substâncias da vida. Falaram de uma cidade amordaçada, daqueles que morrem nos ventres dos carros. Do álcool, do sexo, da religião. Das religiões. Deram voz aos reprovados, disseram das escolas sonhadas reais. Verbalizaram velhos, mulheres, crianças. Puseram uma armadilha no caminho da beleza. Souberam dos gaúchos, do cânhamo, do Alzheimer, das tribos. Puseram o pé no barro dos assolados pela garganta das cheias de um rio Jacuí.

Não venceram. Não venceram por que ninguém perdeu. Construíram. Coo-instruíram-se.

Coo-instruímo-nos pela via de mão dupla da destruição. Juntos.

Forças vivas de uma escola, que abalam os alicerces de uma escola verde, ou de outra cor qualquer e se você não sabe mexer, melhor se afastar: por que tudo irá e virá pelos ares. Muito antes do que se imagina.

Saudações a quem tem coragem..."

Cristiano Carvalho Bernardes

Um sentimento bom...

Incrível como o sexto sentido de mãe sempre funciona! Por mais que eu não admita, ela sempre sabe tudo sobre mim, mesmo que eu não queira, mesmo que eu pense que não. Mas só de me olhar ela me decifra.
Tenho ótimos amigos, mas nenhum deles é tão presente quanto ela. A gente briga, e muito, pelas mínimas coisas. Só que o incrível da mãe é que ela nunca me condena. Tá, ela é mãe e uma mãe nunca condena um filho (pelo menos não na teoria), mas não é a isso que me refiro. Do jeito dela, ela sempre acaba fazendo de tudo para me ver feliz, me protegendo, ela não cansa das vezes que tenta me fazer um carinho e eu não sou gentil. Ela não desiste se eu estou de mau-humor, se eu estou doente, ou triste. Ela simplesmente fica ali, esperando por mim, como ninguém faz.
E eu tenho medo de crescer, encarar a vida lá fora e não ter uma "mãe". Fico pensando que as pessoas só querem números, resultados, talvez uma alegria momentânea... mas em meio a tudo isso, será que não se pode parar um pouco e ver a beleza da simplicidade das coisas? os gestos, os sentimentos e emoções... será que o mundo real é assim, tão sem valor e tão sem sentido?
Eu não quero me tornar assim! E acho que nem conseguiria. O que eu quero pra minha vida eu não sei. Não posso afirmar querer algo pra sempre, porque eu não sei o amanhã e o que ele pode trazer.Mas uma coisa eu quero: poder encontrar pessoas como minha mãe, que me incitem o valor das coisas, da vida, das pessoas...
E eu não sei o que me levou a escrever tudo isso, além do mais, acho que ninguém vai entender ou dar valor... Mas isso não importa, pelo menos eu ainda tenho sentimentos e fico feliz por isso.

Minha mãe, minha amiga, minha protetora, meu anjo, eu te amo.

O Tempo Vai Cicatrizar: Vera Emanuelli !

O Tempo Vai Cicatrizar: Vera Emanuelli !: "Faz um ano e seis meses que eu perdi uma amiga muito importante pra mim. O nome dela é Vera Emanuelli . Eu a conheci através de outra amig..."

Rever amigos é repensar na vida

      

      Em meio a tantos compromissos, as vezes eu nem vivo, apenas vejo a vida passar. Hoje foi um dia que seria assim, se não fosse a melhor surpresa que eu recebi! Ter 4 avaliações num mesmo dia e montar um seminário, não é fácil.Estava eu na escola, no 1° período, fazendo o 2° trabalho do dia, junto com o Alessandro, quando me chamaram na sala. Eu não ia descer, tinha tantas coisas pra fazer, mas enfim, desci. No meio do caminho, a professora me diz: "veio um pessoal de outra cidade te ver, corre á em baixo!" E foi pra já! Saí correndo escada abaixo e lá estavam eles: A Mari (minha mãe de coração, tão importante quanto a que me colocou no mundo), o Guigos (amigo incrível que eu vou levar pro resto da vida) e a Leka (minha quase irmã que esteve presente em momentos que talvez ninguém mais se importou). O Luan querido também estava lá. A saudade dele também estava apertando...

      

      Quando vi aquelas 4 pessoas tão importantes na minha vida juntas, na minha frente, pulei de alegria! Fazia tanto tempo que eu não ficava tão feliz! Enquanto abraçava a mãe, vieram tantas lembranças boas na minha mente, tentos conselhos, tantas tardes rindo e tomando mate... nossa, não tenho nem como explicar o que eu senti no momento! E foi a mesma coisa quando eu abracei cada um, um sentimento tão bom de saudade "matada", uma alegria verdadeira mesmo. 

      Sem pensar duas vezes, deixei tudo pra trás. Há alguns dias que eu não esquecia de tudo, e só vivia. Dane-se as provas, os compromissos, e todo o resto! E essa tarde de hoje foi muito boa, por mais simples que tenha sido. Revê-los foi como rever meu passado,e meus momentos felizes. Foi aí que eu vi que as coisas mais importantes da minha vida não são aquelas coisas que eu faço, mas sim as pessoas que faz a minha vida ser "vivível" e aquelas coisas que simplesmente só acontecem! 

      Lembrar desses momentos me fez refletir que, às vezes, (e só as vezes) não fazer nada é fazer tudo! Fico olhando as fotos de alguns amigos e penso: bá, como eles são felizes! A grama do vizinho pode parecer mais verde. Mas aí lembro dos meus bons e velhos amigos, que eu mesma acabo deixando de lado sem querer. A vida não é só assumir compromissos e tentar abraçar o mundo com as pernas...

      Ver meus amigos me renovou os ânimos! Sinto falta deles, mas sei que por mais que eles estejam longe, nunca vou esquecê-los e vou lembrar dos bons momentos com carinho, pois eles são parte do meu ser. E mesmo que nem imaginem o quanto... 

      As coisas que acontecem por acaso fazem mais sentido pra mim. Me trazem mais felicidade, e vejo que não são necessárias coisas grandiosas para ter alegria na vida. Deixar as coisas de lado também é necessário de vez em quando. 

      Às vezes não fazer nada, simplesmente é fazer tudo. 

Sobre a Campanha #VEMUFSM

Quando eu entrei pra campanha "Vem UFSM", não pensei que fosse ser tão bom. Eu sempre gostei de ajudar em tudo, acho que foi mais por isso que eu coloquei meu nome nessa. No começo eu me apavorei, pois eram tantas coisas, tantos detalhes que eu pensei várias vezes em não continuar, ou continuar, porém "de fora". É muito mais fácil cumprir uma programação do que programá-la. Já estamos na mobilização desde abril, e o tempo passou voando!

Agora, quando eu olho pra trás e vejo tudo o que foi feito, sinto orgulho de mim mesma, e de todos os que estavam juntos na campanha. Conheci tanta gente bacana nessa mobilização que eu jamais conheceria de outras formas. E esse é o legal! Ver que não estou lutando sozinha, ver que tem muito mais gente que faz muito mais do que eu, ou que fazem como eu! E dessa gente toda, eu vou sempre lembrar. Seja pela ajuda, ou pelas reclamações (que houveram muitas). A mobilização ainda não acabou, já que a UFSM ainda não veio, mas já estou muito feliz só por ter feito parte de todo esse trabalho e por ter conhecido toda essa gente.

Todo esse convívio com outras pessoas diferentes me ensinou muito, principalmente que todos são capazes e que trabalhar com união é a melhor coisa do mundo, porque como disse a Mariana quando eu estava desanimando: "nunca esqueça que vc não está sozinha, companheira é companheira, e quando uma cansa, a outra está ali... não para fazer por ti, mas para não deixar que desista." 
            É muito bom saber que tem gente que além de só falar que apóia, apóia de verdade e mete a mão no barro! E são essas pessoas que não me deixam desanimar, por mais difícil que seja a luta!

E a todos os que apóiam a campanha  VEM UFSM. O ESTUDANTE QUER, A REGIÃO PRECISA, colocando ou não a mão na massa o meu muito obrigada, de coração!

A felicidade se encontra em momentos de descuido

     É sempre assim, quando não se procura, se encontra.Andei pensando sobre o que eu ia postar aqui, (queria atualizar, mas não tinha tempo). Essa semana aconteceram muitas coisas, umas boas, outras ruins. Fiquei indecisa e depois me decidi de novo. Mas tudo isso faz parte da adolescência. E pra não falar de coisas ruins, vou falar sobre uma coisa muito boa que me aconteceu essa semana.
     Depois de muito tempo sem entrar no meu msn antigo, resolvi dar um "oizinho" para algumas pessoas que andei negligenciando (não por querer, mas por falta de tempo mesmo). Falar com pessoas do "passado", relembrar bons momentos, tudo muito bom. Mas o melhor de tudo, foi falar com alguém em especial. Não acredito em destino, mas nada acontece por acaso. E lá estava ele, depois de tanto tempo, puxando assunto comigo. Ainda é tudo novidade, não sei realmente o que vai acontecer, (se é que vai acontecer) mas os planos estão sendo feitos. E o melhor de tudo, é que eu sempre esperei ter que mudar alguém, como se nunca ninguém fosse bom o bastante, mas eu nem ligo. Porque as imperfeições se completam né?!
Prefiro não ficar pensando no futuro, porque não cabe a mim tentar prevê-lo, mas independente do que aconteça, eu já estou muito feliz por estar onde estou.
     Ainda não acredito em destino, mas talvez se eu não tivesse entrado no msn aquele dia (ou aquela semana) nada disso estaria acontecendo agora, porque talvez nem teríamos um "motivo" maior para começar uma conversa...
     Daí eu lembro do que sempre falam: as melhores coisas da vida acontecem quando a gente menos espera, enquanto o tal "tempo" escorre pelos dedos.


"Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra! Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso." (Charles Chaplin )

Felicidade é uma questão de percepção

       

       Não sei porque eu complico tanto as coisas, confundo os sentimentos. quando estou feliz, (ou pelo menos tenho tudo pra ser feliz) sempre acho que algo não está certo. Sei que a vida não é perfeita, mas vejo as pessoas ao meu lado sorrindo, felizes, com suas vidas "encaminhadas", certas do que sentem. Sei que um sorriso pode não significar o que a pessoa tem por dentro, e que as aparências enganam, mas por que eu também não consigo sorrir com o que tenho?

       Nos últimos dias uma parte da minha vida tem melhorado, mas eu tenho tanto medo de que algo saia errado que acabo não vivendo. Aí fico pensando: até quando o medo de viver vai me impedir de viver? E essa dúvida não me sai da cabeça. Sei que preciso parar e me organizar. Organizar essas ideias, sentimentos. O problema é que eu nem sei o que deveria sentir.

      Sei que não deveria ficar pensando no futuro com tanta intensidade, mas às vezes isso é mais forte do que eu.

      Mas aí me vem na cabeça alguns dias simples e inesquecíveis. E o incrível é que todos esses dias que estão na memória foram os dias em que eu não estava pensando no que poderia ou não acontecer. Geralmente esses dias vêm acompanhados de amigos, porque sem eles eu nada seria. E eu não tenho como agradecer a enorme diferença que eles causam na minha vida! Muitas vezes me ajudam sem nem saber que estão ajudando. E todo apoio que eles me dão, não tem comparação. E os que estão no meu coração sabem, e o sabem porque nunca os deixei. Nem eles a mim..


Amizade pode não ser a solução de todos os problemas, mas com certeza ameniza boa parte deles.

A vida é aquilo que acontece enquanto se faz planos..

Já pensei várias vezes em criar um blog, mas realmente nunca me animei. Mas ultimamente alguns fatos estão me fazendo repensar. Criar um twitter não foi o suficiente para colocar meus sentimentos para fora, então aqui estou eu.
Quando decidi o nome do blog, estava realmente falando sobre "meias verdades", afinal o que é verdade pra mim pode não ser pra você...
O tempo passa e a gente começa a ver as coisas de outras formas, o que parecia lógico, hoje não é mais. Sinto falta de muitas coisas sim, e confesso que,às vezes, tenho medo de me tornar adulta. São tantas mudanças, tantas coisas que passam a depender de mim que pareço não ter forças de levá-las adiante.
Eu podia ser uma adolescente normal, mas não me considero. Sei que a culpa é única e exclusivamente minha por querer fazer tudo, ao mesmo tempo. Mas o que me fascina é o sub-humano. Fazer sozinha o que talvez precisariam de 3 é minha maior alegria! Pode parecer prepotência minha, mas só me sinto feliz quando faço o impossível, quando dou o melhor de mim, quando me sinto útil e necessária. Para alguns isso pode ser uma qualidade, mas para mim, isso pode ser meu ponto fraco. Me ocupo tanto em fazer tudo para todos e por todos que acabo me deixando de lado. Mas não lamento esse fato, porque eu prefiro assim. E os meus problemas, ah (...) me viro com eles. Talvez eles não sejam realmente problemas.. Talvez eu não tenha problemas... Talvez me falte viver mais, fazendo menos.